terça-feira, 25 de junho de 2013

O latrocínio.

Foi de repente, ele apontou a arma e quase sem dizer nada, me deixou pasma, um latrocínio...
Eu que sempre fui corajosa, me vi ali naquela situação encurralada por tanta informação.
Eram os olhos mais diferentes que eu já tinha visto, a fala mansa de uma forma a surpreender pelo momento. Eu estava tão distraída que nem percebi quando ele surgiu, tão cheia de mim naquele momento, impondo minha condição, como se fosse realmente a dona da situação, aliás, da minha situação...
Ele me fez esquecer tudo o que eu já havia visto, tudo o que eu já tinha passado.Não sei como descrever a sensação, foi como se ele me mostrasse tudo o que eu ainda poderia viver, de uma forma tão bonita que chegava a ser admirável...
E aquela situação era cada vez mais intimidadora, ele não dava certeza do que queria, e eu a cada segundo me confundia sem saber o que fazer! Fiz o que muitos na minha situação não fariam, reagi, e foi quando tudo desabou!Depois de tanta coisa, descobri que tudo na verdade não foi nada, nada daquilo era reciproco...
Aquele menino homem roubou tudo que eu tinha, todo o meu amor e me esvaiu, de tal forma, que a morte naquele momento era algo inevitável. Meu corpo caiu ao chão, como se eu não fosse nunca mais levantar, e então me deparo aqui, sem nada, sem amor, sem vida e sem esperanças...