domingo, 5 de julho de 2015

Eu estava acima do céu, era como se eu pudesse te encontrar ali. E mesmo estando no meio de tantas pessoas desconhecidas e tantas vidas distantes, eu me sentia sozinha, e nada me tirava da imaginação que eu estava mesmo que por alguns segundos perto de você. 
A beleza era tão estonteante e rara, daquelas que a gente só vê quando merece, sabe? De uma magnitude, tal qual aquela que eu só havia visto ao seu lado, quando olhávamos o céu da noite, à espera de uma estrela que resolvesse se jogar, só para que pudéssemos sorrir e agradecer a presença um do outro.
A certeza para onde vamos, ninguém tem, mas eu, eu tenho certeza que você estava ali, merecendo aquele lugar, merecendo se tornar algo tão bonito, se misturando e se eternizando a aquela beleza de forma simples e sublime.





domingo, 7 de junho de 2015

Sem quereres...

Somos apenas um sopro no meio desses furacões, apenas uma piada de muito mal gosto, que acha que tem poder sobre alguma coisa.E essa piada acaba até sendo engraçada, pois no meio desse frenesi de poder, ela vem e nos toma todas as certezas sem mais nem menos, como quem vem para estragar mesmo, como quem vem para nos mostrar o quão de mal gosto é essa piada que somos. 
E no meio de tantos quereres, tantos sonhos tortos, tantos planos altos, nada valem, porque o poder não é nosso.E nada nos resta, nada a não ser acatar as ordens do destino, apanhar sem sofrer do presente e aceitar calado cada reviravolta de nossas certezas. 


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Quantos?

Quantos pensamentos em você, te farão pensar em mim?
Com quantas insônias, te torno o meu sonho? Quantas vezes eu repetir seu nome,  me fará repetí-lo para sempre?
Com quantas voltas por aí, farei você voltar para mim?
Quantas vezes me perguntarem de você, farão você se perguntar de mim?
Com quantas idas até lá, trarão a sua vinda até mim?Com quantos tragos, te trago de volta?E com quantas doses, te doso dentro de mim? Mas, sabe lá, com quantos tiros, você me tirou de mim.Ou de você...

terça-feira, 14 de abril de 2015

Aquela vadia.

Engraçado o jeito que ela passa dentre os olhares. Como se gozasse a cada trançar de pernas. Pobre vadia, mal sabe ela das coisas que mulheres de verdade passaram nessa vida. Ela é só mais uma no meio de transas forçadas, de falta de carinho e de tantos orgasmos fingidos. Coitada daquela vadia, mal sabe da vida. Não se confia , não é bonita, não me excita.
E assim que ela vem com aquele jeito de puta aberta para perto de mim, eu pago! Eu pago, e pagaria de novo. Aquela vadia já teve outros donos, outros donos que jamais pagaram tanto quanto eu paguei. Que jamais serão tão sábios, tão esforçados e que jamais a fizeram gemer tanto quanto eu.
Quanto eu...
Quanto eu,
mestre de porra nenhuma, dono de um caralho pequeno, um pobre coitado, derrotado e frustrado, que só sonha o dia que aquela vadia venha viver só para mim...

sábado, 4 de abril de 2015

Teu nome

Você me tira o sono, me cega a alma, estremece a calma, me desvia de mim.
Quando vejo já foi, me tirou tudo  e ainda continua a me olhar. A razão se perdeu por inteira, e eu mal consigo raciocinar.
E é tão despreparado e sem sentido, que me olha com os ouvidos, sem a menor explicação. E eu ali na inércia de mim, mal sinto debaixo de mim, o chão.
E se tudo mudar? talvez quando eu não mais consiga me suportar. 
Quero só olhar para agora.Porque é inevitável ao estar perto, por hora.

sábado, 23 de novembro de 2013

Me escondo no meio desses sorrisos frouxos, dessas frases de falsidade alegre, dessas palavras clichês, para conseguir fugir da minha tristeza profunda, que me arranca um pedaço a cada respirar, a cada lembrança, a cada pensamento naquilo que já não volta mais...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pronta para nada.

Eu estou pronta!
Mas minha prontidão me afronta,
Totalmente pronta, para nada,
Com minha certeza alienada...

E de toda aquela minha confiança,
Agora, nesse momento, só me resta a lembrança,
Das minha certezas, que desapareceram, sumiram,
Saíram pela porta da frente, simplesmente fugiram.

Fugiram para não terem que ME assumir,
Diante dessa febre que insiste em me consumir.
Perante meus erros e acertos mal resolvidos,
Que me trouxeram até aqui, todos despidos.

E de toda aquela confiança que eu tive
De tudo aquilo que eu obtive,
Agora só me resta a incerteza da espera.
De voltar a ser, tudo aquilo que eu era.

A espera de que a razão me preencha novamente,
E eu espero por isso, ansiosamente.
Para que eu possa me afirmar!
Sem pensar, imaginar ou hesitar.

Mas talvez eu descubra que nunca soube de nada.
Que tudo aquilo na verdade era só o "eu", eu desesperada...
E que eu nunca estive pronta de verdade.
E o que eu sempre quis realmente era liberdade...