quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Para tentar te esquecer...

Algum tempo se passou, com outros me deixei, paixões antigas desenterrei, para tentar te esquecer.
Fui viajar, meio sem rumo, sem motivos, seu bagagem, para tentar te esquecer.
Fechei meus livros, perdi minha inspiração, guardei meus textos, para tentar te esquecer.
Fugi das rodas, não ouvi as rimas, apaguei Leminski, para tentar te esquecer.
Gastei água a toa, suor,saliva e lagrimas, para tentar te esquecer.
Perdi um pedaço de mim, me tornei amarga e gelada.
Para que?
Para tentar te esquecer...


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Marrakech

Pq você não desaparece?
Faz que nem o Caetano, vai para lá de marrakech.
Faz uma viagem, some, ganha na loteria,
Sei lá, foge, só faz a minha alegria...
Pq eu não sei quanto tempo eu ainda vou aguentar,
Ta cada vez mais difícil, vai ter uma hora que não vai dar...
Todo esse bom caráter que você tem,
Não pode existir, não é comum em alguém.
Eu sei que pode parecer sem sentido meu pedido,
Mas é você ou eu, e isso tem cada vez mais me envolvido.
Você tem seus outros mundos, seu público, sua platéia,
Eu no momento só tenho isso, minha epopeia...
Vai ser mais fácil para você ir embora,
Do que ficar me fazendo sofrer, chorar, toda hora...
Eu não vou largar o que mais tem me feito bem,
O que tem me levado além!
Mesmo que eu passe mal toda vez que te vejo,
Mesmo que o meu movimento final, seja o rastejo...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Já não sinto mais nada...

Já não sinto mais nada por você. 
Já não sinto mais nada do meu querer... 
Já não sinto mais nada pela sua rima. 
Sei que a gente não rima.
Já não sinto mais nada pela sua educação.
Você não é a minha solução.
Já não sinto mais nada pela sua poesia.
Não sinto metade daquilo que eu sentia.
Já não sinto mais nada pela sua barba.
Me sinto até mais amarga.
Já não sinto mais nada quando você recita.
Nada dentro de mim se suscita.
Já não sinto mais nada pela sua risada.
Não quero nem mais fazer piada.
Já não sinto mais nada quando te vejo.
Mas mesmo assim tenho medo...
Já não sinto mais nada de nada.
Pois sei como isso acaba.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A pomba e o telhado.

Fez daquele telhado sua moradia,
Ali ela podia descansar tranquila.
Lá ela olha todo o cinza de cima,
Como aquilo lhe intriga!

Ela sabia que um dia aquilo ia acabar,
Que um dia alguém a expulsaria do seu lar.
Ás vezes ela descia em busca do seu sustento,
Mas só de sair do seu paraíso, já lhe vinha o lamento.

Passava dias ali só amando aquele lugar.
O telhado era tudo que tinha, sem forças para mudar.
Até voar perdeu o sentido, e isso não lhe causava dor.
Não era preguiça, era apenas o conforto de ter um amor.

E aos poucos ela foi definhando, não servia para mais nada,
Sua única utilidade era ficar naquele telhado jogada.

Morreu, sob a chuva fria da noite de um domingo,
Finalmente fez do seu desejo cumprido.
Fez parte daquele telhado, onde se decompôs,
Perdeu suas penas, carne e coração, para aquele amor que não fazia parte dos dois...





segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Lua de Vênus.

E foi pertinho que aconteceu, o mais inesperado amor, ocorreu.
A grandiosa que só via paixão, se viu apaixonada durante a rotação.
Encontrou o amor do Vênus todo dela, paixão simples entre o céu e a terra.
Na gigante imensidão dos acasos, num simples caso de amor cheio de atrasos.
E quando ficou ao lado dele, quase que inteira sumiu, abriu bem os lábios e sorriu!
Sem se importar com todo o mundo, e ficando mais perto dele a cada segundo...
Até que então sumiu-se inteira, e foi completada por ele, da sua maneira.
Ficando eternizada por todos que a viram, aqueles que algum dia pelo outro também já sumiram.

 

 

domingo, 8 de setembro de 2013

Me cogita...

Espera um pouco,quem sabe não te dá vontade de ficar...
Eu sei que você tem compromisso, mas para que a pressa?
A vida não espera, eu sei, mas a conversa ta boa, não vai não...
A gente já sabe tanto um do outro, foi a nossa vida em que? 2 garrafas de vinho?
Nem pareceu, o tempo passa tão rápido perto de você...
Tenho que tomar cuidado quando pisco, não quero perder nada...
E se eu bobear, você vai embora de novo, e eu fico aqui só no imaginar.
Ah meu bem, não faz isso não, eu percebi que eu preciso de você...
Que quando você vai embora, fica tudo tão vazio...
Eu fecho a porta, a janela, a cara, me fecho para vida, a parte da minha vida que não tem você...
Então, pensa em não ir mais, em só ficar, quem sabe pro jantar...
Me cogita, me intera! e quem sabe eu não te faço tão bem, quanto você tem me feito durante toda essa espera...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Imaginável.

Só por um dia você podia mais que sorrir,
Sair desse seu mundo, e aparecer por aqui....
E por algum motivo ou milagre eu podia ter uma oportunidade,
Nem que fosse assim, por caridade...
Sei que não é certo me trocar por você,
Mas é o jeito que eu tenho dado para sobreviver,
O jeito que minha vida tem andado,
Tentando de alguma forma estar do seu lado. 
Você podia mudar todo aquele discurso de que não tem jeito.
E vir assim, todo, desse seu jeito imperfeito!
Tão imperfeito que atualmente tem me irritado,
Junto com todo o meu esforço de tentar te deixar de lado.
De tentar te esquecer,
Para tentar não sofrer...
Mas eu pareço gostar disso tudo!!
De apreciar cada intromissão sua no meu rumo.
Cada desvirtuação efetuada por você.
Imposta pelo seu jeito de ser...
E sei que isso é tão impensado,
No fundo eu nem estou no seu imaginado.
Mas dentro de mim é tão real,
Pareço poder tocar, de tão material.
Tudo coisa do meu imaginável,
Que tem tornado cada vez mais, minha vida intragável...